14 de abril de 2010

Fic para teste...

Postado por Karina Cristina 2 comentários ]


“Você e Gustavo, quem diria?” Disse-me Laura no colégio. Eu só consegui sorrir. O que estava havendo comigo? Como eu posso ter coragem de continuar com essa mentira? Por que eu não consigo dizer o que realmente aconteceu naquele verão? A verdade é: o que aconteceu entre mim e o Gustavo foi nada.
Tudo começou quando minha mãe resolveu viajar nas minhas férias. Eu ficaria muito feliz se ela resolvesse viajar para um lugar próximo a praia, ou pelo menos para algum lugar perto da civilização, mas seu plano era passar alguns dias num sítio no meio do mato. Onde minha mãe estava com a cabeça? Ela não pensou nas possibilidades de nos perdermos no meio do mato? E as cobras? Eu mal conseguia pensar de tão apavorada.
Foram três longas horas de viagem no meio do nada para chegar ao sítio. Confesso que o lugar era bonito, mesmo assim continuei com uma careta fixada no rosto.
“Ah, Luana, faz um esforço. Você sempre gostou de vir aqui.” Disse minha mãe.
“Eu também adorava brincar com terra, mas isso quando eu era criança”, Pensei em voz alta.
Tudo mudou quando eu avistei o Gustavo, a minha grande paixão desde a quinta série, perto da piscina. Primeiro eu fiquei surpresa, depois pensei em me esconder, mas como iria continuar me escondendo nos próximos dias? E afinal, não era vergonha nenhuma estar ali quando ele também estava.
Gustavo e eu quase não nos falávamos no colégio, e foi totalmente constrangedor quando a minha mãe apontou na direção dele e praticamente gritou:
“Olha lá Luana, não é aquele seu amiguinho do colégio?”.
Eu gelei.
Pelo menos ela não disse nada que tivesse as palavras “paixão” e “platônica” na mesma frase. Lógico que ele ouviu e mais surpreendente ainda, ele veio falar comigo.
Eu não precisei fazer esforço algum pra gostar daquela viagem depois disso. Era tão relaxante passar cada dia com ele. Nós conversávamos durante horas, o que recompensou as centenas de picadas de mosquitos. Foram dias incríveis.
Então a viagem chegou ao fim, e eu tive que me despedir dele com a incerteza de que algum dia nós voltaríamos a nos falar como naquela viagem.
Mesmo depois de eu ter jurado que nada tinha acontecido entre a gente, a minha mãe fez questão de dizer à Clarisse, minha amiga e simplesmente a pessoa mais linguaruda que eu conheço, que eu havia ficado com o Gustavo.
Quando eu entrei na sala de aula e vi o Gustavo, o encarei com medo. Ele sabia da fofoca? Mas então ele sorriu pra mim. Talvez ele não tivesse ouvido a novidade sobre nós dois ainda, ou talvez ele gostasse da idéia. Eu sorri de volta. Aquilo já era um progresso.
“Acho que ele realmente gosta de você” Laura disse no meu ouvido.
Se ele gostava mesmo de mim ou não, eu não sabia, e talvez nunca fosse saber, mas a verdade era que eu estava adorando aquela fofoca, e daria tudo pra que tivesse sido verdade.
Leia Mais ►
 
 

(C)Copyright 2010 Mon Petit Poison - Todos os direitos reservados

Layout criado por Karina Cristina